PorkExpo e IX Congresso Internacional de Suinocultura começam no dia 26 no Paraná
Mais uma vez, a suinocultura brasileira enfrenta uma crise com energia e inicia recuperação lado a lado com o maior evento do segmento no mundo. Depois de enfrentar os problemas causados pela “Operação Carne Fraca”, o embargo da Rússia, o aumento dos custos de produção e a disparada do dólar, a cadeia produtiva iniciou uma recuperação na virada do semestre e vai discutir os novos desafios em busca de melhores margens durante dois dias, em Foz do Iguaçu (PR), na “PorkExpo 2018 e IX Congresso Internacional de Suinocultura”, que vai ser realizada nos dias 26 e 27, no Hotel Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention. Abordando o tema “A Carne do Amanhã – Essa Missão é Nossa”, esta 9ª edição vai promover uma grande celebração do que a suinocultura brasileira tem de melhor. Mercado, marketing, gestão, agregação de valor, qualidade, tradição, cultura e inovação. Dez mil participantes, entre executivos de empresas, pesquisadores, professores, profissionais e produtores de vinte países vão acompanhar quarenta palestras, feira de negócios, premiação e participar da festa de congraçamento que comemora uma história que está completando dezesseis anos. Um período marcado por ciclos bem definidos, como nos últimos dois anos. O segmento vinha com bons resultados no início de 2017, mas o país foi sacudido pela Operação Carne Fraca, quando a sanidade das carnes brasileiras foi colocada em dúvida no mundo inteiro. Neste ano, a Rússia, compradora de 40% das exportações da carne suína brasileira, cancelou as importações sob a alegação de presença de ractopamina em cortes suínos, provocando um tombo nos embarques. Para piorar, o preço do milho avançou, embalado por perdas climáticas internas e pela guerra comercial entre EUA e China. E a soja foi na esteira, turbinada pela disparada do dólar. Em São Paulo, o prejuízo do suinocultor chegou a R$ 50 por animal abatido. A situação permanece difícil e a ameaça de um tabelamento dos fretes assusta, mas a virada do semestre trouxe alento em várias frentes. No front externo, conseguimos redirecionar volumes para outros países, como China, Hong Kong, Uruguai, Chile e Angola. E Coreia do Sul e Peru prometem compras brevemente. Podemos fechar o ano com embarques de 620 mil toneladas, contra quase 700 mil toneladas no ano passado. O que não deixa de ser uma prova de recuperação. Sem falar na turbulência que pode atingir os mercados internacionais pela ocorrência da Peste Suína Africana (PSA), que já atingiu o Leste da Europa, a Ásia, África, Rússia e o Japão. No Brasil, a PSA foi erradicada em 1984 e o país declarado área livre da doença. Por último, os preços internos melhoram pouco, mas melhoram, e as campanhas consistentes de marketing estão conseguindo manter o consumo per capita da proteína pelo brasileiro em torno dos 15 quilos. Inserida neste cenário, a Pork 2018 vai trazer conceituados palestrantes nacionais e internacionais, com uma série de experiências para destacar, divulgar e debater os pilares do futuro da suinocultura: Economia e Mercado, Qualidade de Produção da Carne Suína, Inovação, Tecnologia e Produtividade, Gestão e Manejo. Eventos paralelos Além de assistir as palestras do IX Congresso Internacional de Suinocultura, os participantes terão acesso a uma série de eventos paralelos: cursos nas áreas de Produção, Nutrição e Sanidade; Feira de negócios; Reuniões técnicas de empresas; Melhores trabalhos científicos; Prêmio Oinc e a “Chopada” de confraternização nos estandes, na noite de encerramento do Congresso. O Brasil precisa estar preparado para alimentar mais de nove bilhões de habitantes até 2050 (ONU), ocupando papel de destaque como responsável por 40% de todo o volume a mais de carnes e grãos que será produzido neste período, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Para tanto, serão necessários intensos investimentos em tecnologia, novas formas de pensar e produzir alimentos. Neste ponto, a carne suína desempenha papel fundamental. Com o crescimento da população, a demanda por consumo da proteína tende a crescer até 73%, sobretudo em países como China, Índia, Indonésia, além das nações africanas. “É aqui que o evento pretende estimular o debate sobre como vamos nos preparar para atender essa demanda”, explica Flávia Roppa, diretora da Safewayagro, organizadora do evento e presidente da PORK EXPO 2018. O evento nasceu em 2002 e se consolidou como o maior do setor. O conteúdo do Congresso Internacional de Suinocultura vai contar com quarenta palestras técnicas e de mercado, painéis e workshops, apresentados por profissionais como Alysson Paolinelli, ex-Ministro da Agricultura; Glauber Machado, Adolfo Fontes, do Rabobank; Gustavo Lima, Lygia Pimentel, Rafael Ulguim, Hyatt Frobose, Fernando Bortolozzo, Bruno Silva, Abe Huisman, Ricardo Lippke, Brenda Marques e Jalusa Deon Kich, entre outros. Todos examinando e debatendo assuntos como sistemas de produção, antimicrobianos, exportações, mercado de grãos, saúde intestinal, imunidade, preferências do consumidor, resistência aos antibióticos, gestação coletiva, doenças emergentes e transfronteiriças, ambiência, bem-estar animal, automação, vacinas, peso ao abate, reposição e inseminação artificial. A PorkExpo também será palco de uma ação especial do “Escolha Mais Carne Suína”, onde serão lançados novos vídeos e várias fotos de receitas, seguida de confraternização com a proteína mais consumida do mundo. A participação neste evento será gratuita e as inscrições serão realizadas no local com a equipe da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). Outro destaque desta edição é o painel “Pork Of Tomorrow”, que vai contar com a presença de importantes nomes de entidades da suinocultura brasileira, como Valdecir Folador (ACSURS), Valdomiro Ferreira (APCS), Marcelo Lopes (ABCS), Losivanio Lorenzi (ACCS) e Fernando Araújo (ASSUVAP), em um debate sobre as tecnologias para o segmento nos próximos dez anos. Fonte: Suino.com
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