Maio tem maior superávit mensal da história
Com exportações de US$ 19,792 bilhões e importações de US$ 12,131 bilhões, maio teve o maior superávit mensal já registrado: US$ 7,661 bilhões. Em relação a maio de 2016 (US$ 6,433 bilhões) o saldo positivo apresentou um crescimento de 19%. Os números foram divulgados hoje pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Durante a entrevista coletiva para comentar os dados mensais, o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Herlon Brandão, atribuiu o resultado ao crescimento tanto das exportações quanto das importações, no mês. Na avaliação de Brandão, “é um resultado bastante significativo e reforça o bom desempenho que a balança comercial vem apresentando ao longo do ano”, disse. Em relação a maio de 2016, pela média diária, as exportações apresentam crescimento de 7,5%. Na comparação com abril de 2017, houve retração de 8,4%. Nas importações, em relação à média diária de maio do ano passado, houve aumento de 4%. Já na comparação com abril último, também pela média diária, houve queda de 7,4%. De janeiro a maio de 2017, as exportações já somam US$ 87,932 bilhões, o que representa crescimento de 18,5% sobre o mesmo período de 2016, pela média diária. Nas importações (US$ 58,9 bilhões) houve aumento de 8,4%, no mesmo comparativo. A corrente de comércio alcançou US$ 146,832 bilhões, um aumento de 14,2% sobre o mesmo período anterior, também pela média diária. Nos cinco meses, o saldo comercial supera os US$ 29 bilhões, valor 47,5% acima do alcançado no mesmo período de 2016 (US$ 19,682 bilhões). O superávit do período também é recorde histórico. Com esse resultado, de acordo com Brandão, o MDIC mantém a previsão de saldo superior a US$ 55 bilhões para o ano. Brandão destacou o impacto positivo do índice de preços, no período, sobre os produtos brasileiros exportados: 19,7%. Nessa análise, foram observadas altas nos preços de produtos como minério de ferro (94,1%), petróleo (68%), soja (8%), veículos de carga (5%) e automóveis (1,8%). Já o índice quantum, que mede o desempenho dos volumes exportados, retraiu 0,8%. “Primeiramente, é importante destacar que este é um excelente resultado da balança comercial. E essa pequena retração do índice quantum foi impactada pelos embarques de milho, que foram 78,6% menor que o verificado nos cinco primeiros meses de 2016, por conta de quebra da safra brasileira do grão”, disse. PIB O IBGE divulgou hoje o resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre do ano. Na comparação com o ultimo trimestre de 2016, houve crescimento de 1%. Segundo análises da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, no período, as exportações de bens e serviços, cresceram 4,8%. “O desempenho das exportações certamente contribuíram para o bom resultado do PIB”, disse Herlon. No mês, cresceram as vendas de milho em grão (+922,3%), petróleo em bruto (+94,2%), minério de cobre (+62,5%), minério de ferro (+17,5%), café em grão (+17,2%) e soja em grão (+7,7%). Nos manufaturados, caíram as vendas de motores e geradores elétricos (-22,5%) e polímeros plásticos (-4,4%). Por outro lado, cresceram as vendas principalmente de tratores (+91,4%), laminados planos (+68,3%), açúcar refinado (+53,1%), e automóveis de passageiros (+53%), entre outros. Por mercados compradores, ampliaram-se os embarques para os seguintes destinos: América Central e Caribe (+36,8%, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, óleos combustíveis, suco de laranja congelado, celulose, e carne de frango), África (+23,9%, em decorrência de açúcar, minério de ferro, soja em grão, carne de frango, zinco em bruto), Estados Unidos (+21,6%, por conta de semimanufaturados de ferro e aço, petróleo em bruto, máquinas para terraplanagem, celulose, carne bovina), Oriente Médio (+18,2%, principalmente por conta de açúcar, milho em grão, farelo de soja, chassis com motor, laminados planos, tubos de ferro fundido), Mercosul (+16,8%, sendo que as vendas para a Argentina cresceram 21,7%, por conta de automóveis de passageiros, veículos de carga, tratores, autopeças, semimanufaturados de ferro e aço, máquinas para terraplanagem, soja em grão) e Ásia (+16,2%, sendo que para a China as vendas cresceram 10,6%, por conta de soja em grão, minério de ferro, petróleo em bruto, celulose, aviões, minério de cobre, couros e peles). Fonte: Suinocultura Industrial
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