Agricultura, agroindústrias e produtores rurais se uniram para combater a febre aftosa no território catarinense
O estado, que chegou a ter uma média de 462 focos por ano entre 1971 e 1983, erradicou a doença e em 1993 registrou a última ocorrência de febre aftosa. “Trilhamos um longo caminho até chegarmos ao patamar que Santa Catarina alcançou. A conquista do certificado internacional foi fundamental para que o estado se tornasse o maior produtor nacional de suínos e o segundo maior produtor de aves, chegando aos mercados mais exigentes do mundo. A sanidade de nosso rebanho é o grande diferencial de Santa Catarina”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, Erradicar a doença e buscar a certificação internacional foi uma estratégia para buscar mercados internacionais mais competitivos para a carne catarinense, além de garantir a segurança alimentar dos consumidores. A febre aftosa é a enfermidade que mais causa prejuízo econômico a um país, especialmente pelas restrições aos mercados internacionais de animais e seus produtos. A partir da certificação como zona livre de febre aftosa sem vacinação, Santa Catarina teve acesso aos mercados mais competitivos do mundo e se tornou o maior exportador de carne suína do país. Só em 2016 foram embarcadas 274 mil toneladas de carne suína, com um faturamento de US$ 555,2 milhões. “Com a parceria entre produtores, agroindústrias e Governo do Estado nós realizamos um trabalho de excelência que nos permite exportar para o Japão, Chile, China, Estados Unidos e Coreia do Sul. Santa Catarina tem o melhor status sanitário do país”, destaca a presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (SIndicarne), Irani Pamplona Peters. Manutenção do status sanitário Para evitar a entrada do vírus da febre aftosa em Santa Catarina, o Governo do Estado e iniciativa privada realizam um controle sanitário eficiente através da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a participação dos criadores e suas entidades representativas. A Cidasc mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados. Já que é proibido o uso de vacina contra febre aftosa em todo o território catarinense, não é permitida a entrada de bovinos provenientes de outros estados, onde a vacinação é obrigatória. Para que os produtores tragam ovinos, caprinos e suínos criados fora de Santa Catarina é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa, exceto quando destinados a abatedouros sob inspeção para abate imediato. O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância com o intuito de demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos, além de dispor de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. Segundo o secretário adjunto Airton Spies, essa rigidez nas ações de prevenção deu condições para que o Estado abrisse mão da defesa vacinal. “A conquista e a manutenção do certificado da Organização Mundial de Saúde Animal provam que a sanidade é um patrimônio que distingue a produção catarinense no cenário nacional”, ressalta. Fonte:Suinocultura Industrial
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