Frigoríficos de aves e suínos negociam compra de milho norte-americano
Frigoríficos brasileiros de aves e suínos já estão com negociações praticamente fechadas com exportadores americanos de milho. As indústrias estão apenas esperando a avaliação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para fechar os contratos de compra. A expectativa é de que autorização possa ser anunciada na próxima reunião, em 1º de setembro. – Há um esforço grande para que isso se concretize, permitindo um fluxo que supra a carência do produto no mercado interno – destaca Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao ver a movimentação de grandes empresas agilizando as negociações com os americanos, pequenas e médias indústrias gaúchas também começam a se mobilizar nesta semana. – Vamos reunir cinco ou seis empresas para tratar dos trâmites necessários à importação – adianta Nestor Freiberger, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). A entidade calcula que a saca do milho americano chegará ao Brasil por um custo em torno de R$ 40. Hoje, as indústrias gaúchas de aves e suínos estão trazendo o cereal do Paraná e de Mato Grosso por cerca de R$ 50 a saca. – A baixa na taxa de câmbio favorece a importação do produto com um preço competitivo – destaca Freiberger. Mesmo com a colheita da safrinha no Centro-Oeste quase no fim, as indústrias reclamam que o preço do cereal baixou pouco. Para tentar aliviar os custos do setor, e garantir o abastecimento da principal matéria-prima da ração animal, o governo federal anunciou no começo de agosto a isenção da tarifa de importação de 1,5 milhão de toneladas de milho americano. Se a operação envolvendo o produto transgênico for liberada pela CTNBio em setembro, as indústrias brasileiras poderão aproveitar o período da colheita nos Estados Unidos. Com o clima colaborando com as lavouras americanas, a previsão é de que a safra deste ano seja recorde. Fonte: Suinocultura Industrial
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