Clima nos EUA segue pressionando soja
A continuidade de clima favorável para o desenvolvimento das lavouras dos EUA segue pressionando os preços da soja na Bolsa de Futuros de Chicago. Depois de uma pequena pausa na jornada anterior, os preços voltaram ao campo negativo nesta quinta-feira, numa demonstração de quão importante vai ser o comportamento climático na formação do preço nas próximas semanas e meses. Fechamentos: julho a U$ 11,2450, queda de 13 cents/bu e novembro a U$ 11,0150, perda de 15,25 cents/bu. Apesar das boas exportações semanais apresentadas pelo USDA, os negócios se renderam ao fator climático. Além de melhores chuvas, os prognósticos indicam temperaturas mais amenas no decorrer dos próximos dias. Neste cenário, investidores estão aproveitando para se desfazer de posições acumuladas nos últimos meses, quando as especulações climáticas ajudaram a construir e a embutir nos preços um sólido prêmio risco. Exportações As exportações de soja dos EUA somaram, na última semana, 1,322 milhão de tons, sendo que 660 mil tons são para embarque ainda nesta temporada. Na estação, o total vendido chega a 49,9 milhões de tons, ante 50,5 milhões de tons do mesmo período do ano passado. Argentina O Ministério da Agricultura da Argentina estima a safra de soja em 58 milhões de tons. Depois do volume excessivo de chuvas na fase de colheita e de sucessivos cortes nas estimativas de produção, o governo reavaliou positivamente os números da safra. A previsão do mês passado era de 57,6 milhões de tons e a estimativa inicial do ministério era de 60,9 milhões de tons. Diversas consultorias mantêm suas estimativas entre 56 e 57 milhões de tons. No ano passado a Argentina colheu o recorde histórico de 61,4 milhões de tons de soja. Brasil De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, ABIOVE, a safra brasileira de soja deve ficar em 97,3 milhões de tons, ante 98,6 milhões de tons previstos no mês passado e 96,2 milhões de tons do ano passado. As exportações do grão devem se situar em 53,8 milhões de tons e esmagamento de 40,7 milhões de tons. A produção de farelo deve alcançar 30,9 milhões de tons, com exportações de 15,2 milhões de tons. Mercado interno Esta semana segue surpreendendo pela persistência de queda dos preços. Nesta jornada, mais uma vez, os preços sofreram dupla pressão: do câmbio – que voltou a registrar as mínimas em quase um ano – e da Bolsa de Chicago. Com isto, os produtores seguem retraídos e o volume de negócios, muito baixo. Indicações de compra no oeste do estado, entre R$ 88,00 e R$ 89,00 por saca, dependendo do momento do dia, do local de embarque e do prazo de pagamento. No porto de Paranaguá, indicações na faixa de R$ 94,00 por saca. Fonte: Suinocultura Industrial
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