PR: cerca de 25% da soja já foi vendida antecipadamente
O plantio da primeira safra de grãos 2015/16 já começou no Paraná, com 3% da área prevista para o milho e 5% da área esperada com feijão já cultivadas. Os produtores de soja, que devem iniciar a semeadura a partir de 21 de setembro em função do vazio sanitário, já venderam 25% da produção. Em comparação com o ano passado, as vendas antecipadas do grão nessa mesma época eram de apenas 2%. Considerando as três últimas safras, a venda média de soja, de forma antecipada, foi de 9%. Entre os fatores apontados para essa aceleração na comercialização de soja está a demanda internacional, ainda aquecida, e o aumento do dólar, que deixou o real desvalorizado e deu mais competitividade à produção nacional. Um levantamento feito pelo economista Marcelo Garrido, chefe da conjuntura agropecuária do Deral, sobre as três principais culturas plantadas no verão no Estado entre 2007 e 2016 aponta que o produtor paranaense aposta na soja em busca de liquidez e maior rentabilidade. Segundo Garrido, o estudo mostra que a rentabilidade da oleaginosa no período avaliado é de 97,16%, enquanto que a do milho é de 24%. Nesse período, a área de soja plantada no Paraná cresceu 33%, passando de 3,9 milhões ha para 5,2 milhões ha. Em contrapartida, a área cultivada com milho na primeira safra caiu 66%, saindo de 1,3 milhão ha para 440 mil ha. O feijão perdeu 52% da área plantada, caindo de 388,7 mil ha para 185,4 mil ha. A rentabilidade da soja também foi a melhor no período avaliado. Em 2007, alcançou 47,52% e na safra 2014/15, 97,16%. No mesmo período, a rentabilidade do milho caiu 54%, saindo de 52,7% em 2007 para 24,3%, acima do custo de produção variável em 2015. O feijão de primeira safra perdeu 11% de rentabilidade, caindo de 56,7% em 2007 para 50,8% este ano. Para Garrido, o mercado de soja é mais atrativo porque a commodity tem demanda mundial, oferecendo liquidez a todos os países produtores. Já o milho, abastece mais o mercado interno e ainda sofre com a concorrência da produção norte-americana, que é mais rentável, impulsionada por uma logística mais eficiente. Fonte: Agrolink
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