Suinocultura 2025: leitão saudável e mercado firme

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Produtores, lideranças e profissionais de empresas discutiram neste sábado, dia 21, o futuro do segmento num dos mais tradicionais eventos do setor no Brasil, o V Seminário DB Genética Suína, promovido pela empresa há dez anos para avaliar os avanços da empresa, a modernização da suinocultura brasileira e os próximos passos para tornar ainda mais eficientes os sistemas de produção. A abertura coube ao fundador e diretor presidente do Grupo DB, Décio Bruxel, que saudou a todos na companhia da mulher e dos filhos. Na sequência, o Diretor da DB Genética Suína, Mário Pires, fez uma radiografia do caminho da empresa dentro do mundo da Produção e Genética Suína, desde a implantação da primeira granja até os novos projetos de gestação coletiva e bem estar animal. “A pesquisa vai nos levando até a faixa de 40 leitões desmamados por porca ao ano, mas sempre ao lado de boa saúdes dos animais, número menor de mortalidade e melhor conversão alimentar”, resumiu. Na sequência, a equipe técnica da DB, formada pelos especialistas Glauber Machado, Geraldo Shukuri e Thomas Bierhals, falaram dos novos patamares da atividade produtiva e a evolução vivida pela suinocultura do país, que foi destaque nestes últimos vinte anos. “Da ocorrência de PRRS na década de 1990 até a gestação coletiva, o segmento viveu um período de extremo desenvolvimento. Agora, estamos discutindo os novos paradigmas, com sistemas diferentes de produção, sanidade e bem estar animal, que vêm ganhando frente em relação aos avanços que podem ser alcançados pela genética”, examinou Glauber Machado. “Os novos conceitos produtivos envolvem exposição tardia de leitoas ao macho, pré-flushing, cuidado no terço final da gestão e potencial da nutrição como ferramenta de manipulação a qualidade do leitão ao nascer”, afirmou Geraldo Shukuri. “Os dez melhores produtores brasileiros de nossa base devem alcançar média de 35 leitões já em 2018, isto é, daqui dois anos”, decretou Thomas Bierhals. A última palestra da manhã coube ao economista do Rabobank, Adolfo Fontes. Ele traçou um cenário otimista para a carne suína no Brasil e no comércio exterior. “As importações mundiais vão crescer de 4,9 milhões para 6 milhões de toneladas até 2024, puxadas por todos os países emergentes da Ásia, com a China à frente. E o Brasil vai se beneficiar, assistindo a uma elevação de 37% nas vendas externas e 27,3% no consumo doméstico”, previu. Ao final das atividades, foi realizado um debate com a presença do especialista Adolfo Fontes, do Rabobank, o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, e José Antonio Ribas, da JBS Foods. A tarde foi aberta com uma palestra de Carlos Hislsdorf, sobre os preceitos que regem a vida do empreendedor saudável, eficiente, ético e produtivo. Na sequência, o CEO da DB International, Thomas Muurmann, traçou um perfil da suinocultura da Dinamarca, o país considerado modelo na produção moderna de carne suína, sendo o maior exportador do mundo. “O sucesso do nosso suíno, que produz 29 milhões de cabeças e exporta 90% da carne que sai das granjas, vem de 130 anos de cultura de qualidade, sanidade e cooperativismo. E agora converge cada vez com mais força no sentido do bem estar animal e sanidade absoluta”, explicou. Finalizando o seminário, o cineasta, escritor e jornalista Arnaldo Jabor falou sobre as perspectivas do Brasil nos campos da Política, Economia e Cultura. “A corrupção descoberta hoje no Brasil hoje é a maior da história da humanidade, possivelmente. Temos que gritar contra o que está errado mesmo que pareça que tudo está perdido. A vida é lutar e gritar”, aconselhou. O V Seminário DB Genética Suína reuniu duas centenas de criadores, profissionais de empresas, pesquisadores e líderes de entidades do setor no IberoStar Hotel e Resort, na Praia do Forte, na Bahia. O evento foi aberto na sexta-feira à noite, dia 20, com um jantar aos convidados e a recepção de toda a família Bruxel e dos funcionários da DB. Fonte: Porkworld
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