Falta de investimento e falha no controle sanitário preocupa suinocultores em Mato Grosso
O presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Raulino Teixeira Machado, afirma que todas as cadeias produtivas enfrentam uma forte insegurança em relação às questões sanitárias no Estado. “A detecção de quaisquer enfermidades implicará em embargos econômicos por parte dos países importadores de carne e descrédulo no serviço de vigilância sanitária na nossa região. É por isso que chamamos atenção para o tema antes que afete de forma dura a nossa produtividade”, frisa Machado. O alerta do representante da suinocultura mato-grossense foi dado ao governador eleito, Pedro Taques, com quem a diretoria da Acrismat se reuniu esta semana. O setor está preocupado com os prejuízos que a cadeia produtiva de Mato Grosso pode ter em relação às novas diretrizes da OIE quanto à Peste Suína Clássica (PSC). A partir de 2015, a PSC passa a fazer parte da lista de doenças de reconhecimento mundial e MT precisa se adequar às novas regras para não perder mercado em um futuro próximo. Além disso, a Acrismat destaca que as questões tributárias são um forte gargalo para quem quer tirar o produto do Estado. A preocupação da categoria é em relação à sistemática de cálculo do valor do suíno vivo, que considera o acréscimo de 12% do valor médio da carne para a saída do Estado. Machado lembra que em outras categorias, como a carne bovina, já existe o desconto de 5% em cima do valor de negociação do animal vivo em Mato Grosso, medida que também pode ser adotada na suinocultura, como é feito em outros estados. “A carne suína mato-grossense ficaria muito mais competitiva no mercado nacional. Afinal, já é clara a desvantagem de preços quando se pretende negociá-los com empresas de estados vizinhos ou até mesmo em São Paulo, que é o maior consumidor do nosso produto. A quantidade de animal vivo que sai daqui é pequena, sendo assim, não afetaria os ganhos da região”, observa Raulino. A produção no Estado ocupa o 5º lugar de produção no país, com um plantel de cerca de 120 mil matrizes. Fonte: Portal do Agronegócio
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